Estou bêbado, cansado e infeliz... Ah, um solitário, enfim
Mas então o que sobra de um ano que chega ao seu fim?
Anos acabam anos começam, calendários apenas tristezas
Relógios são jóias e jóias são apenas pedaços de riquezas.
Não tenho propriedades e não sou dono do tempo, afinal
Apenas espero chegar o tempo, e tempo é estrada vicinal
Morro porque o tempo corre, corro porque o tempo morre
Morto ao meu tempo e o tempo é apenas vida que escorre.
Agarro os ponteiros de um relógio dourado, a força aplico
Mas não tenho poder de o tempo deter, um dia lhe explico
Uso então a frieza do tempo mostrando que morro ontem
Porque o tempo é morte, ao contrário do que lhe contem.
Bêbado, cansado e infeliz, busco quedas de braço inglórias
Pois com o tempo tenho brigas históricas, e muitas glórias
Ao tempo tenho que pagar a conta da minha morte, amém
Sabendo que ao tempo nada devo, nem agora e nem além.
Mas então o que sobra de um ano que chega ao seu fim?
Anos acabam anos começam, calendários apenas tristezas
Relógios são jóias e jóias são apenas pedaços de riquezas.
Não tenho propriedades e não sou dono do tempo, afinal
Apenas espero chegar o tempo, e tempo é estrada vicinal
Morro porque o tempo corre, corro porque o tempo morre
Morto ao meu tempo e o tempo é apenas vida que escorre.
Agarro os ponteiros de um relógio dourado, a força aplico
Mas não tenho poder de o tempo deter, um dia lhe explico
Uso então a frieza do tempo mostrando que morro ontem
Porque o tempo é morte, ao contrário do que lhe contem.
Bêbado, cansado e infeliz, busco quedas de braço inglórias
Pois com o tempo tenho brigas históricas, e muitas glórias
Ao tempo tenho que pagar a conta da minha morte, amém
Sabendo que ao tempo nada devo, nem agora e nem além.